A Província

APOSTAMOS NA BATATA-RENO E FRUTA

Data: 16/05/2017

NOT - Uma outra cultura que foi largamente difundida é a da batata-reno, que no seu relançamento em 2007 se chegou a produzir 3640 toneladas em toda a província. Qual é o nível de produção actual?

LN – Estamos a falar neste momento de uma produção acima de 150 mil toneladas de batata-reno essencialmente nos regadios e a nossa perspectiva é que nos novos regadios a serem construídos ou a serem reabilitados se pratique esta cultura de rendimento.NOT - E em termos da fruta que variedades se privilegia?LN – Antes tínhamos os citrinos a liderar, mas neste momento temos a banana em primeiro lugar com uma produção planificada para este ano de 160 mil toneladas e até ao primeiro trimestre já tínhamos acima de 98 mil toneladas, o que indica que vamos superar o previsto. Trata-se de uma produção de exportação que neste momento está a prosperar. Quanto aos citrinos, que para além do consumo interno também é uma cultura de exportação, estamos num processo de revitalização dos pomares e estamos a falar de uma produção de aproximadamente dez mil toneladas por ano, enquanto no ananás rondamos cerca de 11 mil toneladas, com sinais de crescimento a cada ano porque cada vez que se produz um ananás é mais uma muda para expandir. Ainda este ano alocamos 46 mil mudas de mangueiras enxertadas, para além de laranjeiras que vão impulsionar a produção da fruta.NOT - À semelhança do tomate a fruta também é perecível, temos unidades de processamento para o seu aproveitamento integral?LN – Não posso precisar o número mas já visitei três unidades de processamento da fruta e ainda recentemente foi inaugurada mais uma que vai dar uma maior cobertura em termos de aproveitamento da produção. É verdade que uma parte faz o pré-processamento no sentido de transformar e criar condições de conservação para o consumo fresco, mas também o processamento final, tem lugar. Por exemplo, em Namaacha temos uma associação que produz compota de fruta e óleo, no caso de essências de eucaliptos e o grande desafio é colocar matéria-prima suficiente para esta unidade funcionar em pleno durante todo o ano e estimulamos o nascimento de pequenas unidades.